Resumo


Evidencia-se que o futebol é o esporte mais praticado no Brasil, sendo ainda palco de análise dessa sociedade ao expor seus valores, perspectivas, anseios e valores (DAMATTA, 1982). Contudo, imaginário coletivo sobre esse esporte tende a vislumbrá-lo sobre óticas limitadas e estáticas. Sob esse entendimento, os acontecimentos que cotidianamente e historicamente deram e dão forma ao futebol parecem lineares e livres de tensões. Os sujeitos que mais parecem silenciados nesse processo são os torcedores, vistos como meros coadjuvantes desse esporte. Buscando desconstruir essa lógica e reconhecendo o dinamismo dos fluxos de poderes inerentes às relações sociais, esse trabalho visa analisar as práticas de resistência de alguns agrupamentos de torcedores que ao longo da história buscaram de forma institucionalizada a participação decisória sobre o futebol, focando em seguida, na Associação Nacional dos Torcedores.