Resumo

A presença das Práticas Corporais de Aventura (PCA) na escola não é uma grande novidade em várias escolas do país. Entretanto, até dezembro de 2017, quando foi promulgada a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), não havia um documento norteador de âmbito nacional ou em Minas Gerais que levantasse especificamente a presença das PCA como conteúdo das aulas na Educação Física Escolar (EFE). No que diz respeito aos percursos formativos na licenciatura em Educação Física, Portela (2013) aponta que 71,81% dos professores entrevistados em seu trabalho nunca tiveram uma disciplina que tratasse especificamente do tema durante a graduação. Em breve levantamento sobre as universidades federais em Minas Gerais, pudemos identificar que entre as 11 existentes no estado, nove ofertam graduação em Educação Física, entre elas há duas que possuem ofertas em campus presentes em distintas cidades o que leva a um total de 11 cursos de graduação ofertados, destes apenas cinco, ou seja, menos da metade, ofertam alguma disciplina em sua matriz curricular de forma obrigatória ou como optativa regular. O quadro relatado na pesquisa de Portela, associado ao breve levantamento sobre a presença de disciplinas que tematizem as PCA na formação de professores de Educação Física em diálogo à tão recente existência de um documento norteador que indique as PCA como conteúdo da EFE, nos levou a refletir sobre possibilidades para o processo formativo de novos docentes que poderiam ao mesmo tempo ter um papel de formação continuada para professores já atuantes na educação básica.

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