Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar o processo de construção da Base Nacional Comum Curricular, bem como a forma como ela está estruturada, dando centralidade às interfaces com a Educação Física na área de Linguagens. Metodologicamente, adotamos um delineamento qualitativo de tipo descritivo/exploratório, recorrendo à pesquisa documental como técnica para a nossa coleta e análise de dados. Constata-se que a sua suposta construção democrática é controversa e que o manuscrito ressente de uma maior integração curricular, expressa tanto na desarticulação entre as etapas da escolarização, quanto no trabalho de interdisciplinaridade entre os componentes curriculares. Constata-se, ainda, que a Educação Física carece de um maior aprofundamento capaz de justificá-la na área em que está inserida.

Referências

AZEVEDO, Fernando de. Da educação física: o que ela é, o que tem sido e o que deveria ser. 3. Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1960.

BETTI, Mauro. Por uma teoria da prática. Motus Corporis, Rio de Janeiro, v. 3 n. 2 p. 73-127, dez. 1996.

BOSCATTO, Juliano Daniel; IMPOLCETTO, Fernanda Moreto; DARIDO, Suraya Cristina. A Base Nacional Comum Curricular: uma proposição necessária para a Educação Física? Motrivivência, v. 28, p. 96-112, 2016.

BRACHT, Valter. Educação física & ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Ijuí: Ed.Unijuí, 1999.

BRASIL. A construção da Base. Disponível em: . Acesso em: 13 de janeiro de 2018.

______. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.

______. Constituição [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

______, Lei 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edição Câmara, 2014.

______. Ministério de Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

______. Ministério da Educação – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Matriz de Referência para o ENEM 2009. Brasília. 2009.

______. Ministério de Educação. Parâmetros curriculares nacionais (1ª a 4ª séries). Brasília: MEC/SEF, 10 volumes, 1997.

______. Ministério de Educação. Parâmetros curriculares nacionais (5ª a 8ª séries). Brasília: MEC/SEF, 1998.

______. Ministério de Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Brasília: MEC/SEF, 2000.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília. 2013.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

COLL, César et al. (Org.). Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artmed, 2000.

DAÓLIO, Jocimar. A cultura da/na Educação Física. Tese (livre docência) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002.

FREIRE, João Batista; SCAGLIA, Alcides José. Educação como prática corporal. São Paulo: Ed. Scipione, 2003.

GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Projeto Curricular em Educação Física: o esporte como conteúdo escolar. In: REZER, R. (Org). O fenômeno esportivo: ensaio crítico-reflexivo. Chapecó: Argos, 2006. p. 69-109.

KUNZ, Elenor. Transformação Didático-Pedagógica do Esporte. Ijuí: Unijuí, 1994.

LOPES, Yuri Márcio Silva; TAVARES, Otávio; SANTOS, Wagner. O material de apoio curricular para a Educação Física do estado de São Paulo segundo as tipologias dos conteúdos. Movimento, Porto Alegre, v. 23, n. 3, p. 813-826, 2017.

MACEDO, Elisabeth. Base Nacional Curricular Comum: novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03 p. 1530 – 1555, 2014.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2010.

MELLO, André da Silva et al. A educação infantil na base nacional comum curricular: pressupostos e interfaces com a educação física. Motrivivência, v. 28, n. 48, p. 130-149, 2016.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários a educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora de F. da Silva e Jeanne Sawaya. 8. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2003.

NEIRA, Marcos Garcia; NUNES, Mário Luiz Ferrari. Pedagogia da cultura corporal: Crítica e Alternativas. São Paulo: Phorte Editora, 2006.

NEIRA, Marcos Garcia; SOUZA JÚNIOR, Marcílio. A Educação Física na BNCC: procedimentos, concepções e efeitos. Motrivivência, v. 28, p. 188-206, 2016.

OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Existe espaço para o ensino da Educação Física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun./jul.,1998.

OLIVEIRA, Vítor Marinho de. O que é Educação Física? - 11ª ed. - São Paulo: Editora Brasiliense, 1983.

PRICE, Todd Alan. Comum pra quem? Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03. p. 1614-1633, 2014.

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Estado da Educação. Departamento Pedagógico. (Org.). Referencias Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: Linguagens, Códigos e suas Tecnologia. 1 ed. Porto Alegre: SE/DP, 2009.

SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SANTOS, Marlene de Fátima; MARCON, Daniel; TRENTIN, Daiane Toigo. Inserção da Educação Física na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Motriz, Rio Claro, v. 3, n. 18, p.571-580, 2012.

SÃO PAULO. Currículo do Estado de São Paulo: linguagens, códigos e suas tecnologias. Secretaria de Educação. São Paulo, 2010.

SOARES, Carmen Lúcia; MADUREIRA, José Rafael. Educação física, linguagem e arte: possibilidades de um diálogo poético do corpo. Movimento, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p.75-88, maio/agosto de 2005.

SOUZA, Jessé. A radiografia do golpe: entenda como e porque você foi enganado. Rio de Janeiro: Le Ya, 2016.

 

Acessar