Resumo

A narração da história de uma experiência vivida em um atendimento fonoaudiológico, serviu de material para o aprofundamento de uma discussão que busca compreender o sentido histórico da produção da linguagem verbal de crianças com surdez. Um diagnóstico de surdez implica e se explica em uma série de alterações do processo interativo da criança com o mundo, com as outras pessoas e com a própria linguagem. Neste trabalho pretende-se questionar as instituições sociais legitimadas para intervir no processo de formação da criança com surdez, que não dando conta das diferenças estabelecidas pela peculiaridade de sua condição fundamentam seus procedimentos na homogeneização do comportamento humano. Para superar o que considera ser o problema da criança surda - sua marginalização social - têm sido desenvolvidos métodos e técnicas para o ensino da língua. Porém estes procedimentos por excluírem conceitos críticos capazes de relacionar, o que se considera ser o problema da criança surda à sociedade como um todo, marginaliza a criança na sua própria formação.

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