Resumo

Este estudo tem como tema a formação do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC), criado em 2003 pelo Ministério do Esporte, desenvolvido em convênio com entidades governamentais municipais e estaduais, além de instituições de ensino públicas estaduais e federais. Este programa social tem como objetivo suprir a carência de políticas públicas que atendam às crescentes necessidades e demandas da população por esporte recreativo e lazer, sobretudo das parcelas em situações de vulnerabilidade social e econômica, reforçadoras das condições de injustiça e exclusão a que estão submetidas. Nesta linha, o objetivo geral deste trabalho foi analisar o processo formativo do PELC sob o olhar dos formadores, na busca por interpretações acerca de seu modelo, sua organização pedagógica e sua interface com as realidades de trabalho de cada formador. Por justificativa, apontamos o próprio peso do PELC que oportuniza o direito de acesso a políticas públicas de esporte recreativo e de lazer, atendendo todos os estados do país. Nestes treze anos de sua existência, o PELC trabalhou na qualificação de agentes sociais e gestores, ou seja, a própria capilaridade do programa justifica a necessidade de estudá-lo e, mais ainda, a de analisar seu processo de formação, entendendo que este é essencial em sua proposição. Tomando por base esses dados, deparamo-nos como o problema de estudo, a saber, quais as percepções e análises dos formadores, em relação ao processo formativo do PELC? Como metodologia, optamos pelo uso da revisão de literatura, como meio de lidar com o já produzido sobre o tema, refletindo suas repercussões sobre o foco de estudo. Realizamos também análise dos documentos, como forma de estudar o PELC, sua estrutura e funcionamento. Para levantamento dos dados utilizamos uma entrevista semiestruturada on-line como instrumento de pesquisa, da qual participaram 05 (cinco) formadores, sendo um de cada região do país, selecionados a partir de sorteio aleatório. A análise de dados foi de cunho qualitativo, operando uma relação entre os dados teórico-documentais e os apresentados pelos sujeitos da pesquisa, nos permitindo o estabelecimento de interpretações que dialoguem com nosso problema, a partir do método documentário. Como conclusão, identificamos uma análise positiva das formações e de suas repercussões, para agentes e políticas, um pleno envolvimento de formadores e a capacidade de compreensão mais plena do programa e da formação em suas potencialidades e limites.

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