Resumo

INTRODUÇÃO A composição deste trabalho é fruto de minha experiência e de meus questionamentos como professora de Educação Física da Rede Municipal e da Rede Particular de Ensino em Porto Alegre – RS. Muito tenho construído, nesses anos de prática docente, mas, agora, desejo dividir o que aprendi com as crianças e os adolescentes da Escola Municipal em que desenvolvi esta pesquisa. Foi um desafio transformar os questionamentos que emergiram da prática pedagógica da Educação Física em reflexões de pesquisa. Dessa maneira, selecionei dois jogos de regras de caráter coletivo, muito utilizados nas aulas: o jogo da ‘casinha’ e o ‘pique-bola’. A dinâmica desses jogos, sempre, despertou minha curiosidade em relação às diferentes maneiras como as crianças se apropriaram das regras e como organizaram as suas estratégias no decorrer de meus anos de ofício. Verifiquei que ocorriam algumas regularidades no processo de aprendizagem desses jogos e que havia, também, uma participação importante das interações sociais, mas, na verdade, não sabia exatamente porque elas se apresentavam. De maneira empírica e desprovida de reflexão, repeti, por muitos anos, o mesmo modo de desenvolver os jogos, levando em conta apenas o êxito de minha ação pedagógica e de algumas leituras de LE BOUCH (1986 e 1987) e LAPIERRE & AUCOUTURIER (1985) que me introduziram numa longa busca teórica. Esses autores, ao investigarem as inadaptações escolares e sociais, já destacavam a importância da perspectiva ativa e a relevância das contribuições piagetianas:

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