Resumo

Em nossa sociedade, percebe-se um crescimento da preocupação com a adolescência, sendo esta última representada não apenas como uma "fase da vida", mas um período, a priori, sempre problemático. O adolescente, por sua vez, tem sido visto como um sujeito de necessidades, por exemplo, de um atendimento de saúde específico. Na prática, entretanto, pouco se tem trabalhado com o adolescente como sujeito de direitos, a despeito do debate em torno do Estatuto da Criança e do Adolescente. Com base na crítica a esta postura, o presente artigo tem como objetivo apresentar uma expe-riência de pesquisa-intervenção de educação não-formal com um grupo de adolescentes de camadas baixas, na qual se procurou discutir noções correntes de adolescência, possibilitando um mapeamento e uma (re)construção de outros sentidos. Palavras-chave: Adolescência. Juventude. Pesquisa. Intervenção. Educação não-formal.