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No Brasil, ginástica artística (GA) ainda é um esporte pouco praticado, sem grandes repercussões na mídia. É uma prática esportiva que ainda carece de muito incentivo, tanto do setor público como do privado. Quando comparada às outras modalidades de esportes, ou ainda o mesmo esporte em outros países, principalmente nas categorias mais avançadas, percebe-se a sua grande defasagem. Entretanto, a maioria dos cursos superiores de educação física ou esporte inclui essa disciplina em seus programas curriculares. E, atualmente, é possível observar a presença desse esporte em algumas escolas de ensino fundamental. Esse panorama da GA no Brasil motivou o presente estudo a investigar e, possivelmente, levantar algumas das razões do quadro precário da modalidade. A investigação ocorreu no âmbito da formação profissional, envolvendo 30 técnicos de GA que participam das competições oficiais da Federação Paulista de Ginástica. Eles relataram sobre a formação que obtiveram, suas expectativas, frustrações e/ou satisfações quanto à disciplina de GA no curso de graduação. Os resultados revelaram que os técnicos esperavam uma formação específica, que não foi contemplada nesses cursos, e que faltam subsídios para progredir na carreira. Os dados sugerem a necessidade de reformulação dos cursos atuais que formam esses profissionais e, a partir de comparações com outros países, a criação de um sistema educacional de preparação técnica que ofereça o aprofundamento desejado e necessário à sua atuação.

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