Resumo

Afirmar que o desporto, entre outros a Ginástica Rítmica é considerado um dos grandes acontecimentos sociais dos tempos modernos não é qualquer novidade. Nos últimos anos assistimos a uma radical mudança no desporto. Estamos perante um mesmo fenômeno, que, como todos os fenômenos sociais, é historicamente condicionado e culturalmente determinado. Dentro desse contexto, a atividade desportiva desponta como um elemento de integração social entra crianças de classe economicamente diferente. Diversas práticas desportivas buscam o desenvolvimento da inclusão, entendendo-a como elemento fundamental ao processo de integração e também como forma de resgate da cidadania perdida diante das desigualdades sociais. Em vista da Ginástica Rítmica no Brasil ser oferecidas prioritariamente em clubes sociais e na rede privada de ensino, o imaginário social constituído, nos remete a um grupo cuja maior parte de suas praticantes é composta de crianças e jovens de classe social economicamente média e alta, o que torna um esporte como a Ginástica Rítmica em seletista e elitizado, deixando de oportunizar que crianças de baixa renda sequer conhecer. Em Curitiba, capital do Estado do Paraná a Associação Curitibana de Ginástica Rítmica – AGINARC, consegue transformar essa realidade e a vida de muitas crianças. Comprometida com o resgate da cidadania e a vivência do treinamento numa equipe de alto rendimento, na construção da ginasta, promove condições de superação das barreiras e preconceitos como raça, classe social, nome ou sobrenome e as integram.O Projeto "Criança na Quadra" resgata meninas das classes sociais mais empobrecidas e as inclui nas escolinhas de base da Ginástica Rítmica, onde também estão presentes crianças de outras classes sociais e onde a "troca" de realidades se transforma numa grande integração.

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