Resumo

Atualmente, existem as necessidades de medidas específicas para colaborar com a reintegração da saúde de mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP), modificações no estilo de vida como dieta e exercício físico são consideradas como eficazes no tratamento não farmacológico, sendo que os tipos de intervenções e exercícios ainda não estão totalmente esclarecidas pela literatura. Portanto, o objetivo desse estudo foi investigar as alterações provocadas pelo treinamento de força e do destreinamento na composição corporal, na força muscular, e nos marcadores bioquímicos, bem como suas relações. Trata-se de um estudo de ensaio clínico, realizado com 11 pacientes (29,09 ± 3,5 anos) livres de qualquer tratamento que interferisse na função ovariana, residentes em Natal-RN. O treinamento de força muscular foi constituído de uma periodização linear clássica com duração de 12 semanas e 36 sessões, e quatro semanas de destreinamento, as avaliações foram coletadas pré e pós-intervenção e destreino, no qual a composição corporal foi analisada através do DEXA, a Força Máxima através do dinamômetro (preensão palmar e escapular), e investigações bioquímicas por amostra sanguínea. A SOP foi definida pelos critérios de Rotterdam. As análises descritivas foram obtidas pelas medidas de tendência central e de dispersão para as características da amostra, seguida de um teste t pareado para análises das modificações da composição corporal, força e bioquímicas, assim como o cálculo de diferença por meios de deltas. Por último, foi empregado o teste de correlação de Person, para detectar as relações entre essas variáveis. Considerado um valor de p ≤0,05 para toda análise estatística. Foram observados aumentos não significativos nos valores das medias do HDL sendo pré 43,818 e pós 45,091. Nas correlações da bioquímica com a composição corporal e força muscular, somente ocorreram resultados significativos nos valores da glicose com o tecido mole (r = 0,668) e na massa total (r = 0,668). Pós-intervenção ocorreram alterações positivas nos valores do Colesterol HDL, e a glicose se correlacionou de forma significativa com elementos da composição corporal. No entanto os resultados demonstram que o treinamento de força não promoveu modificações na composição corporal, na força e nos marcadores bioquímicos das pacientes avaliadas. Portanto, os dados aqui obtidos sugerem não existe uma relação de causa e efeito entre essas variáveis em mulheres com a síndrome dos ovários policísticos.

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