Resumo

Este estudo analisa como está sendo realizada a educação em saúde para a presenção de incapacidades produzidas pela hanseníase, verificando como a educação informal tem influenciado na adoção de medidas profiláticas e como a educação formal tem atuado na construção e reconstrução de saberes entre equipe de saúde e clientela para, desta forma, interromper a evolução das deformidades. Além disso, procura verificar como a equipe de saúde (médicos, enfermeiros e fisioterapeutas) está sendo formada para serem educadores para prevenção de incapacidades. Para isto a pesquisa contextualiza os aspectos históricos e sociais que levaram a doença transformar-se em estigma e os problemas psicossociais decorrentes. Fez-se, ainda, uma analise da situação epidemiológica e dos aspectos fisiopatológicos da doença. Utilizando-se o método de amostragem acidental, fez-se avaliação de incapacidades e entrevistas com pacientes, representando 26% da prevalência atual de Piracicaba (SP) para verificar a evolução das mesmas e quais os conhecimentos que eles têm da doença e de prevenção de incapacidades, avaliando como é realizada A educação em saúde. Também entrevistou-se a equipe de saúde para análise do conhecimento e formação que possuem a respeito, além de fazer coleta dos conteúdos programáticos e entrevistas com os docentes dos cursos que compõem a equipe mencionada. Os resultados obtidos demonstraram que a educação sanitária tem sido ineficaz para a prevenção de incapacidades em todos os sentidos, que a principal atenção tem sido em relação à poliquimioterapia e que a técnica de prevenção de incapacidades mais utilizada é a hidratação. Em relação à equipe desaúde, observa-se que não possuem formação para serem educadores e os resultados obtidos sobre o ensino da hanseníase e educação em saúde é deficiente nos cursos analisados. Desta forma, a autora conclui que faz-se necessário aumentar a formação dos profissionais que compõe a equipe de saúde, sobre teorias pedagógicas e metodológicas de ensino para promover a efetividade da educação em saúde para a prevenção de incapacidades.

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