Resumo

A procura por bons resultados no desempenho físico em modalidades esportivas faz com que os indivíduos se preocupem com seus hábitos diários, especialmente aqueles que podem comprometer a sua performance. Fatores como hábitos alimentares, hábitos posturais e vida estressante são exemplos que podem afetar esse desempenho. Deste modo, com o propósito de compreender de forma mais abrangente a relação entre postura e desempenho físico, o presente estudo pretende verificar a relação existente entre alterações da postura estática com o desempenho físico das capacidades motoras: força, agilidade e velocidade, em adolescentes. Foram avaliados trinta alunos de uma escola de Porto Alegre – RS, entre quinze e dezessete anos. A avaliação postural consistiu em palpação e marcação de pontos anatômicos, colocação de marcadores reflexivos sobre os pontos anatômicos e registros fotográficos da postura ereta no plano sagital (perfil direito). Para a análise da postura foram digitalizados os pontos reflexivos utilizando o Software APPID (Avaliação postural por Imagem Digital). A avaliação física consistiu na realização de testes físicos propostos pelo Projeto Esporte Brasil: (1) agilidade, (2) força explosiva de membros inferiores, (3) força explosiva de membros superiores e (4) velocidade. Os dados dos testes físicos e posturais foram submetidos a tratamento estatístico, através de testes de correlação, sendo o nível de significância adotado de 0,05. Os resultados demonstraram que os adolescentes possuem uma postura característica de dorso curvo, determinada pela grande freqüência das alterações da cervical e ombros (anteriorizados), da dorsal (aumentada), da pelve (retroversão), da lombar (diminuída) e dos joelhos (genuflexum). Os resultados também demonstraram que a performance dos adolescentes nos testes de desempenho físico encontram-se na faixa da normalidade para as capacidades motoras agilidade, força e velocidade. Os resultados dos testes de correlação sinalizam que as alterações posturais encontradas nos adolescentes não causaram qualquer efeito negativo sobre o desempenho das capacidades motoras.

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