Resumo

Nossa contribuição visa a uma análise discursiva de depoimentos do goleiro Moacyr Barbosa a respeito da derrota da Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo de 1950 contra o Uruguai. Momento singular na história do futebol brasileiro, sem dúvida, a memória discursiva que se constroi sobre a derrota da Seleção Brasileira em 1950 é perpassada pelo trauma. Nesse sentido, baseados na teoria do testemunho e em conceitos e métodos da história oral, nossa intenção é avaliar em termos discursivos não só o quê, mas, sobretudo, como, décadas mais tarde, o goleiro enunciava, através da memória, sua versão sobre aquele fatídico 16 de julho de 1950 e seus desdobramentos. Barbosa, tido como um dos “bodes expiatórios” daquela derrota, por diversas vezes, revela em sua fala as marcas de um momento traumático – individual e coletivo –, que o acompanhar

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