Resumo

Considerando-se a metáfora política, analisara estratégia defederações é assumirqueexistem múltiplas lógicasdeacçãoe conflitos deinteresses. Na prática,deve-seequacionar asinfluênciasexercidas, porquê, como e quando, determinando-se na verdade quem decide, as lógicas em jogo, os mecanismos, os conflitose a estruturadecisional. No estudorealizadoutilizouse como amostra as principais federações portugueses no Ciclo Olímpico de Atlanta e a análise documental, a entrevistae o questionário na recolha dos dados. No tratamento dos dados utilizou-se a análise de conteúdo, a estatística descritiva e a estatística inferencial. Verificou-se que a responsabilidadedadecisãoestratégicacabe,fundamentalmente, à coligação interna de onde sobressai, em primeiro lugar, a importância dos presidentes e, também, dosdirigentese dosdirectorestécnicos nacionais. Na coligação externa releve-se a importância da Administração Pública Desportiva e a poucainfluência dasassociaçõesregionaisde clubese dosclubes.Adecisão subordina-se, no essencial, à obtenção de resultados desportivos, sendo o apoio ao atleta e a eficiência na gestão também factores importantes. Os conflitos decisionais acontecem no domínio desportivo, disciplinar, administrativo e político, ocorrem normalmente com clubes, liga de clubes, comunicação social e associações regionais e envolvem tendencialmente dirigentes e técnicos. As questõestécnicas são o facto mais importante na explicação dos conflitos, mas o poder, a defesa de direitos e as questões pessoais são igualmente importantes. Os mecanismos mais importantes na decisão são a competência e o consenso. A decisão estratégica das federações caracteriza-se por um elevadoformalismo e por um nível médio de centralização e de especialização.