Resumo

Discussões sobre negritude, corpos negros, relações étnico-raciais e diáspora ganharam maior notoriedade nos últimos tempos e desaguaram na emergência de se pensar uma educação para as diferenças e que se propõe à descolonização e luta antirracista. Alguns currículos estão atentos às demandas atuais, se aproximando das várias formas de existência dentro e fora do espaço escolar. O currículo cultural de Educação Física, em contato com as situações cotidianas, se permite atravessar por essas ideias, trazendo à tona discussões focalizadas na filosofia da diferença e teorias pós-críticas. Tomando essa proposta como objeto de estudo, buscar-se-á identificar de que modo ela lida com as questões que envolvem os corpos negros e diferença. Acessando os materiais existentes no site do grupo de pesquisas GPEF, pude perceber que tanto os relatos de experiência, quanto as dissertações, teses e artigos, estabelecem um outro lugar de diálogo com os corpos negros. Até o presente momento estudos realizados têm pensado tais corpos a partir das culturas dominantes, trazendo para o debate a diferença cultural. O presente estudo pretende romper com este lugar, possibilitando olhá-los a partir da diferença enquanto linguagem. Pensar os corpos negros a partir da diferença se faz necessário uma vez que eles são entendidos e vistos em uma diáspora negra.

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