Resumo

Este estudo analisa o Programa Segundo Tempo (PST), que é de responsabilidade do Ministério do Esporte (ME), usando como base as categorias e os indicadores propostos por Boschetti (2009). Inicialmente, fez-se uma discussão sobre as transformações societárias e as políticas sociais. Em seguida, acerca do PST, foram identificados os marcos legais, a abrangência, os critérios de acesso e permanência, as formas de articulação com as demais esferas de governo, com as organizações não governamentais e as dificuldades da interação com a sociedade. Quanto ao aspecto da gestão, percebe-se que, apesar de os documentos oficiais sinalizarem para democratização e descentralização, o programa possui dificuldades para concretizar um modelo de gestão com estes princípios. Outro elemento de análise diz respeito ao financiamento do PST, que claramente indicou para supremacia de recursos do ME, com um crescimento progressivo durante os últimos três anos. Contudo, houve, durante o governo Lula, uma priorização do esporte rendimento, principalmente a partir de 2006, com a entrada do governo federal para a organização do Pan. Essa tendência deve continuar nos próximos anos, pois o país será sede dos mais importantes eventos esportivos do mundo.

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