Resumo

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2011-06-13

 Este trabalho trata da análise etnográfica multissituada de grupos de Capoeira Angola das cidades de Lyon, na França (Grupo de Capoeira Angola Cabula), e de Curitiba, no Brasil (Grupo de Capoeira Angola Zimba), e suas relações no interior da “comunidade transnacional da Capoeira Angola”. A análise considera o conjunto de normas ritualísticas da Capoeira Angola, chamado de fundamentos, para a formação das identidades dos sujeitos angoleiros que se organizam em um “sistema de linhagem” baseado na ideia de ancestralidade mítica africana. Vê-se que o “sistema de linhagem” expande-se pelo mundo, através da formação de “núcleos emergentes” e de sua aliança com grupos de Capoeira Angola tradicionais, segundo a lógica específica dos fundamentos. O “sistema de linhagem” funciona, então, segundo fundamentos vinculados à ancestralidade mítica africana que, por sua vez, também dita o funcionamento do ritual Roda de Capoeira Angola. Os fundamentos, como símbolos culturais, viajam até os “núcleos emergentes” levados por sujeitos viajantes, imagens midiáticas e trabalhos acadêmicos que formam um “mundo imaginado” da Capoeira Angola. Esse “mundo imaginado” da Capoeira Angola é entendido como um processo identitário contemporâneo, no qual a “tradição” e a “modernidade”, o “local” e o “global”, o “sagrado” e o “profano” se apresentam como pares de conceitos em relação dialética, cuja síntese compõe a “Capoeira Angola Glocalizada”.

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