Resumo

Esta pesquisa avaliou o comportamento da acuidade visual, em atletas com baixa visão, durante um protocolo de esforço contínuo. A mensuração foi realizada em dois dias de teste. A população estudada foi composta por 6 atletas com baixa visão, praticantes de atletismo, e que apresentavam resultados esportivos expressivos. No primeiro dia foram feitas: a avaliação médica, aplicação da anamnese e do questionário e o teste de esforço físico pico baseado no protocolo de Roecker (1998), realizado em esteira. No segundo dia realizou-se o teste de esforço contínuo. Este foi dividido em três níveis de esforço, cada um com 15 minutos de duração e. 30 minutos de intervalo entre eles, como delimitador das intensidades aplicadas foram utilizados os resultados obtidos no teste de esforço pico. Sendo estes: 60% do VE pico, limiar de VE e 90% do VE pico. A acuidade visual foi aferida antes, durante e após cada nível de esforço do protocolo de esforço contínuo. Antes foi realizada a avaliação visual em condições estáticas, durante o teste foram realizados em condições dinâmicas e estáticas. Na recuperação a mensuração visual foi realizada em condições estáticas. O teste visual utilizado foi uma adaptação dos optótipos de Snellen. Os resultados apresentaram durante a intensidade de 60% uma queda de 44.5% na condição dinâmica e 33.4% na condição estática. Neste nível, no final do período de repouso, 30 minutos a acuidade visual atingiu o nível pré-esforço. Durante o esforço realizado no limiar ventilatório, a acuidade visual, apresentou uma queda máxima de 52.5% no deslocamento e 42.9% na situação estática. No intervalo de repouso entre o 2° e 3° níveis a velocidade de recuperação apresentou a mais rápida recuperação e alcançando seu maior índice no minuto 25, acima do resultado pré-esforço, vindo a decair na avaliação final. No último nível de intensidade a queda em condição dinâmica foi de 60% e em condição estática foi de 52.5%. O comportamento visual durante o último estágio de esforço teve velocidade de recuperação intermediária entre o 1 ° e 2° estágios de esforços e atingiu o mais alto valor de acuidade vtsual durante todo o teste. A queda da acuidade visual durante o esforço acompanhou a intensidade do esforço. quanto maior a carga de estimulação maior era a queda desta capacidade da visão. A condição dinâmica acentuou a degradação da acuidade visual durante o protocolo proposto. Durante o período de intervalo entre os esforços a escala visual apresentou-se inversamente proporcional à intensidade de exercício e quanto maior o estímulo físico maior era a escala atingida na recuperação. O comportamento visual foi influenciado pela aprendizagem e por fatores fisiológicos, assim o primeiro nível apresentou os piores resultados, devido a pouca experiência, no segundo nível obtevese os melhores resultados devido à melhora qualitativa da visão e no terceiro estágio houve uma queda da performance visual em decorrência das altas intensidades do estresse sofrido.

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