Resumo

Resumo: Este artigo analisa como o MMA (Artes Marciais Mistas) ganhou nova forma de tratamento midiático a partir do momento em que a TV Globo adquiriu os direitos de transmissão da modalidade, em outubro de 2011. Para driblar a “resistência” do público, a emissora empreendeu um projeto sistemático de filtragem e humanização deste esporte, buscando inseri-lo em programas com audiência consagrada. Ao incorporar as lutas nas novelas, ao realizar atividades recreativas com lutadores em programas de auditório e ao elaborar matérias que retratassem os atletas fora do ringue, a Globo buscou um apelo afetivo, objetivando-se a criação de um vínculo de empatia com o público, eliminando-se assim a violência e a brutalidade com que o MMA ficou conhecido no país.REFERÊNCIAS AWI, Felipe. Filho teu não foge à luta: Como os Lutadores Brasileiros Transformaram o MMA em um Fenômeno Mundial. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012. BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. BRITTOS, Valério Cruz; BOLAÑO, César Ricardo Siqueira (Org.). Rede Globo: 40 anos de poder e hegemonia. São Paulo: Paulus, 2005. CAMPBELL, Joseph, com Bill Moyers. O poder do mito. São Paulo: Palas Athena, 1990. CASTRO, Maria Lília Dias de. Autopromocionalidade em televisão: movimentos e configurações. In: ANIMUS, Vol. VIII, n. 15, jan-junho 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2016. CASTRO, Maria Lília Dias de. Nos bastidores do entretenimento: a ação promocional. Compós, 2010. Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2016. DI FOLCO, Philippe. Fight. San Francisco, USA: Fitway Publishing, 2007. Alvarez, Marques Recorde, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 1-23, jul./dez. 2017 23 DUARTE, Elizabeth Bastos. Metadiscursividade e autoreflexividade como estratégias autopromocionais. In: ANIMUS, Vol. VIII, n. 15, jan-junho 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2016. ELIAS, Norbert; DUNNING, Eric. Deporte y ocio en el proceso de la civilización. México, D.F: Fondo de Cultura Económica, 1992. GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. GUTTMANN, Allen. The appeal of violent sports. In: GOLDSTEIN, Jeffrey. (org). Why We Watch: The Attractions of Violent Entertainment. Nova Iorque: Oxford University Press, 1998. HUIZINGA, J. Homo ludens. São Paulo: Perspectiva, 2000. MELO, Victor Andrade de. Causa e consequência: Esporte e Imprensa no Rio de Janeiro do século XIX e década inicial do século XX. In: MARQUES, José Carlos; MORAIS, Osvando J. de (Orgs.). Esportes na Idade Mídia: diversão, informação e educação. São Paulo: INTERCOM, 2012, p. 103-124. MORAIS, Fernando. Chatô – o Rei do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo. Vol. I – Neurose. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997. MÜLLER, Uwe. Esporte e mídia: um pequeno esboço. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 17, n. 3, 1996. Disponível em: . Acesso em: 22 out. 2016. VIRGÍLIO, S. Conde Koma. O invencível yondam da história. Campinas: Átomo, 2002. WERNECK SODRÉ, Nelson. História da imprensa no Brasil. 

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