Resumo

19/06/2020
Esta pesquisa teve como objetivo investigar as abordagens pedagógicas da Educação Física (EF) propondo e desenvolvendo um modelo de análise que consiga estabelecer relações com as possíveis especificidades da área enquanto disciplina escolar. Em relação aos objetivos específicos, buscamos explorar o debate instaurado sobre as classificações ou categorizações acerca das mesmas, ou uma espécie de mapeamento dos estudos que estão alinhados à temática. A hipótese inicial é a de que as abordagens pedagógicas diferem entre si daquilo que defendem como especificidades ou atribuições da disciplina no contexto escolar. Em termos metodológicos, a pesquisa configura-se como teórico-qualitativa, visando, sobretudo, explorar a temática em discussão. Para tanto, utilizou-se em predominância o método bibliográfico através da seleção de diversos materiais de pesquisa, dentre os quais se encontram teses, dissertações, artigos, diretrizes legais, legislação, cadernos temáticos e livros/capítulos de livros. Para as análises decorrentes, puderam ser selecionados três aportes teóricos distintos: o programa de pesquisa Educação Física Reflexiva, o modelo bourdieusiano de campo, além da Teoria da Modernização Reflexiva. Já em relação à estrutura da pesquisa, esta se dividiu em três capítulos. No primeiro foi realizada uma revisão exploratória que buscará responder em qual estágio se encontram as discussões que analisam as formulações e os aspectos teóricos das abordagens. No segundo foram expostos os pressupostos epistemológicos e teóricos do programa de pesquisa EF Reflexiva e da Teoria da Modernização Reflexiva, sendo esta uma seção para apresentar o referencial ou base teórica da presente pesquisa. Por fim, no terceiro capítulo, houvera as investigações sobre como as abordagens discorrem sobre as especificidades da EF escolar em paralelo aos pressupostos metateóricos do programa de pesquisa da EF Reflexiva. Nesse sentido, desenvolvemos um critério de demarcação que as dividem em teorias positivas, normativas e pragmáticas. Em conclusão, defende-se a tese de que as abordagens, ao segmentarem em demasia os “o quês”, “por quês” e “comos” do se-movimentar, acabam não conseguindo contemplar ou abranger o escopo de conhecimento que se deriva da EF. Assim, a área ainda carece de uma teoria pedagógica ampla que consiga mobilizar, de maneira aberta, os diferentes aspectos e dimensões que envolvem o se-movimentar.

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