Resumo

"Durante os anos 60, o SESC de São Paulo iniciou uma política cultural para a Terceira Idade através dos grupos de convivência, seguidos pelas Escolas Abertas, visando a socialização do idoso e a atualização de seus conhecimentos. Os idosos tornaram-se mais ativos e atuantes e obtiveram inúmeras vitórias, como o Conselho Nacional da Pessoa Idosa e o Estatuto do Idoso. Mas, é preciso pensar não só em uma ação cultural para os idosos, mas também em uma ação cultural da qual os idosos são os sujeitos. Uma das mais importantes contribuições dos velhos é a de preservação da memória social. Os jovens têm uma preciosa oportunidade de conhecer sua história e a história de seu grupo social a partir das evocações dos idosos e, dessa forma, entenderem melhor o momento atual e prepararem melhor o futuro. Portanto, a fala de um velho pode ser um importante fator de desalienação em uma sociedade caracterizada pelo descartável e pelo superficial".