Resumo

Introdução

O exercício físico tem sido recomendado como estratégia não farmacológica para prevenção e controle da hipertensão.

Objetivo

Verificar as adaptações crônicas cardiovasculares e de força muscular em mulheres hipertensas submetidas a 12 semanas de treinamento concorrente (TC) em diferentes ordens.

Métodos

Foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos 20 mulheres hipertensas: grupo de treinamento de força-resistência (REE; 56,00 ± 5,20 anos; 78,95 ± 8,28 kg; 155,10 ± 5,30 cm; 33,00 ± 5,30 kg.m-2) e grupo de exercícios de resistência-treinamento de força (ERE; 57,10 ± 13,38 anos; 76,56 ± 18,87 kg; 155,50 ± 8,18 cm; 31,41 ± 5,84 kg.m-2). O treinamento de força foi composto por quatro exercícios, três séries, com cargas de 8-RM com 90 segundos de intervalo entre as séries e os exercícios. O exercício de resistência teve duração de 25 minutos com intensidade progressiva. Força muscular (8-RM), pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca e duplo produto foram avaliados pré e pós-exercício.

Resultado

ANOVA mostrou aumentos significativos de força para todos os exercícios (p < 0,0001), independente da ordem do treinamento concorrente (supino horizontal: p = 0,680; leg press: p = 0,244; remada sentada: p = 0,668; e cadeira extensora: p = 0,257). Para a pressão arterial sistólica (p = 0,074) e diastólica (p = 0,064), não foram verificadas diferenças significativas para diferentes condições de TC. No entanto, apenas em REE, houve redução significativa na pressão arterial sistólica (p = 0,0001), diastólica (p = 0,006) e duplo produto (p = 0,006).

Conclusão

O treinamento de força e exercício de resistência promove ganhos de força muscular significativos em 12 semanas de treinamento, independentemente da ordem de realização, em mulheres hipertensas. Também foram observadas respostas benéficas cardiovasculares (SBP, DBP e RPP) quando iniciado pelo treinamento de força. Nível de evidência I; Estudos terapêuticos − investigando os resultados do tratamento.

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