Resumo

O presente artigo procura analisar o componente afetivo na esfera dos valores e dos comportamentos humanos, relacionando-o às questões ligadas ao processo de envelhecimento e o lazer. Destaca-se a íntima relação existente entre afeto e emoção e a fundamental importância que tal ligação assume na nossa vida. Nesse sentido, a discussão aponta para a necessidade de se investir na afetividade para a construção e aprimoramento de relações interpessoais mais harmoniosas, construtivas, que, em última análise, favoreçam a vida. Aponta, ainda, a velhice como época de muitas carências e, ainda, sujeita a preconceitos que limitam as possibilidades dos idosos. Neste contexto, o lazer é visualizado como uma possibilidade de melhoria da qualidade de vida das pessoas, que permite ao idoso a ressignificação emocional de seu lazer, revertendo valores e comportamentos, deixando fluir a espontaneidade, a alegria, o prazer de viver. Por fim, o artigo procura relativizar a crítica que se faz à denominada glamourização da velhice defendendo a iniciativa de valorizar a velhice como uma fase da vida onde as pessoas podem e devem se sentir orgulhosas da idade que têm, realizadas e contentes com o que são e o que fazem, em contraponto à visão de inutilidade, recolhimento e decrepitude, comum na sociedade.

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