Resumo

Introdução

Componentes cognitivos são necessários para manter a postura nas perturbações externas. Porém, poucos estudos investigaram o controle postural quando perturbações externas são associadas à tarefa cognitiva concomitante (TD).

Objetivo

Analisar o comportamento dos ajustes reativos após perturbação com diferentes intensidades e deslocamentos em adultos jovens ativos; e analisar a influência da TD nos ajustes preditivos e reativos em diferentes condições de perturbação.

Métodos

Permaneceram em pé sobre um equipamento que provocou deslocamento da base de suporte 28 adultos jovens fisicamente ativos. Quatro condições experimentais foram realizadas em tarefa simples (TS) e TD (cognitiva-reportar quantas vezes um número preestabelecido apareceu no áudio): uma (5cm e 10cm/s); duas (5cm e 25cm/s); três (12cm e 10cm/s) e quatro (12cm e 25cm/s). Foram realizadas três tentativas para cada condição (total=24). Os parâmetros do centro de pressão (CoP) foram analisados em janelamentos: preditivo (-250 a +50ms), reativo 1 (+50 a +200ms) e reativo 2 (+200 a +700ms), em relação ao início da atividade do CoP. ANOVAs one-way foram realizadas para análise dos ajustes preditivos. Já para os ajustes reativos, foram realizadas ANOVAs two-way com fator para tarefa (TS×TD) e condição (1×2×3×4) com medidas repetidas.

Resultados

ANOVA one-way (preditivo) apontou que os indivíduos apresentaram maiores parâmetros do CoP na TS em relação à TD. Nos reativos 1 e 2, a ANOVA apontou maiores parâmetros do CoP na segunda e na quarta condição quando comparada à primeira e à terceira, e na TS em relação às TD. Apresentaram maior tempo para recuperar a posição estável na primeira e na terceira condição em comparação à segunda e à quarta.

Conclusão

A intensidade da perturbação influencia mais nos ajustes posturais para manutenção do equilíbrio do que a magnitude. Ainda, as tarefas cognitivas concomitantes à perturbação externa diminuem a oscilação do CoP. Com isso, recursos cognitivos possuem relevância no controle postural após perturbação. Nível de evidência III; Estudos de pacientes não consecutivos, sem padrão de referência “ouro” aplicado uniformemente.

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