Resumo


A execução de protocolos de alongamento estático reduz o desempenho de atividades máximas dependentes de força e potência tais como saltos, arremessos e levantamentos (ex. 1RM). Entretanto, seu efeito em repetições submáximas levadas até a falha concêntrica de grupos musculares sinérgicos é pouco conhecido. Portanto o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito agudo do AE na amplitude de movimento passiva (ADMP) e no volume absoluto em uma sessão de treinamento de força para o peitoral maior (PM) e deltoide anterior (DA). A amostra foi composta por 11 homens saudáveis (idade: 24,4 ± 3,6 anos; estatura: 174,8 ± 4,4 cm; massa: 83,4 ± 9,8 kg). Os sujeitos foram testados em duas condições experimentais. Em sessões aleatorizadas os sujeitos realizaram uma sessão de treinamento de força após realizarem um protocolo de alongamento de 6 séries de 45” e 15” de intervalo a 70-90% da percepção subjetiva de desconforto para os adutores horizontais do ombro (Com Alongamento [COMA]) ou após permanecerem sentados pelo mesmo período de tempo (Sem Alongamento [SEMA]). A sessão para o PM e DA foi composta de 5 séries de 10RM com 1’ de intervalo entre as séries e 2’ entre os exercícios pecdeck, crossover e crucifixo com halteres. Os resultados mostram que na condição COM-A foi observado maior ADMP pré-sessão comparada com basal (P=0,0380) e pós-sessão de treinamento (P=0,001). Na condição SEM-A foi observada redução da ADMP pós-sessão de treinamento quando comparado ao basal (P=0,037) e pré-sessão (P=0,016). O volume absoluto do primeiro exercício e da sessão não diferiu significantemente entre condições (P=0,184). Conclui-se que a realização do alongamento estático não afetou o volume absoluto na sessão de treinamento para o peitoral maior e deltoide anterior, aumentou a ADMP da abdução horizontal do ombro e evitou a queda de ADMP Pós-sessão observada na condição SEM-A.

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