Resumo

A utilização e as opções de recursos ergogênicos existentes no mercado para aumentar o desempenho em praticantes de esportes de alta intensidade vêm crescendo, paralelo ou não as comprovações científicas. Dentre essas opções, encontra-se em expansão o uso do óleo de farelo de arroz (OFA), rico em gamaorizanol (JULIANO et al., 2005). Os estudos acerca óleo de farelo de arroz sob condições de exercício físico são escassos, e com treinamento intervalado, raros. Desta forma, este trabalho pretende contribuir para um entendimento sobre os efeitos da suplementação do óleo de farelo de arroz na composição corporal e no metabolismo das gorduras. O objetivo geral desse trabalho é analisar as alterações morfofisiológicas em ratos suplementados com óleo de farelo de arroz rico em gamaorizanol e submetidos a treinamento físico intervalado em esteira rolante e os objetivos específicos são avaliar a influência da suplementação de óleo de farelo de arroz em diferentes concentrações na evolução do peso corporal e adiposidade de ratos sedentários e treinados, caracterizar o perfil lipídico, através de dosagens plasmáticas de colesterol total, das frações de colesterol (HDL e LDL) e triglicerídeos, nos diferentes grupos experimentais, quantificar o teor de glicose circulante e glicogênio muscular como biomarcadores de carboidratos, verificar os níveis de testosterona decorrentes da suplementação do OFA e do treinamento físico; analisar alterações nas fibras musculares através da tipagem muscular e das áreas celulares. Foram utilizados 24 ratos machos Wistar, com 60 dias, divididos em 6 grupos, sendo SC, SG3, SG6, TC, TG3 e TG6. O treinamento físico intervalado foi realizado por 6 semanas. Os grupos controles receberam óleo de milho e os grupos suplementados receberam farelo de arroz através de gavagem após o exercício. Os resultados encontrados foram redução significativa do peso corporal final em todos os grupos, nos coxins adiposos apenas as gorduras viscerais mostraram diferenças significativas, porém não em todos os grupos. Nas gorduras periféricas nenhuma diferença significativa foi observada. Houve uma redução do CT para os animais TG3, LDL reduziu em todos os grupos e a razão CT/HDL não diferiu entre os grupos, os níveis de triglicerídeos foram significativamente menores para os G3, e para SG6. Já nos níveis de glicose no plasma não houve diferença entre os grupos, no glicogênio muscular o G6 tiveram seus níveis aumentados, e os níveis de testosterona não apresentaram diferença. No âmbito de fibras musculares, quanto à frequência das fibras o resultado encontrado foi redução das fibras oxidativas nos grupos T, e nas fibras glicolíticas o SG3 teve aumento, e na somatória total das fibras os aumentos significativos foram G3. Já na área das fibras musculares, a tipo I não apresentou aumento, na IIa apenas o grupo SG6 e na IIb todos os grupos apresentaram um aumento, porem o TC obteve um aumento de 53%.

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