Resumo

De acordo a Organização Mundial de Saúde, com o envelhecimento populacional pode ocorrer um aumento substancial de doenças psiquiátricas, como a depressão. Resultados nacionais apontam valores variando de 20 a 26% com média de 20% na prevalência destes quadros, dados congruentes com os encontrados entre os idosos. Diante disso, os sintomas depressivos assumem significativa relevância entre os principais problemas de saúde pública acarretando sofrimento psíquico, físico e redução da percepção de qualidade de vida desta população. A depressão é um transtorno do humor influenciado por fatores de risco biológicos, psicológicos e sociais. De acordo com o Colégio Americano de Ciências do Esporte, a atividade física é considerada um método coadjuvante na prevenção e promoção da saúde de idosos com depressão, além disso, o custo benefício de intervenções preventivas é de fundamental importância para a otimização da Saúde Pública e melhoria na qualidade de vida dos idosos. Diante disso, este estudo se propõe investigar as alterações no estilo de vida de idosas com e sem sintomas depressivos de acordo com o nível de atividade física. A pesquisa é descritiva, de abordagem qualitativa-quantitativa e envolveu os idosos do programa supracitado com idade ≥ 60 anos que não apresentavam outras doenças psiquiátricas, exceto depressão. Para coleta dos dados foram utilizados os questionários (internacional de atividade física, estilo de vida fantástico, qualidade de vida e sócio demográfico) as escalas (geriátrica de depressão, atitudes em relação á velhice). Para a análise estatística foram utilizados a estatística descritiva e os seguintes testes estatísticos: X2, teste t de student, o nível de significância estabelecido é de 5%. Entre os 23 idosos avaliados, a prevalência de sintomatologia depressiva foi de 39,1%, sendo a maioria do sexo feminino 87,0%, viúvos 47,8% e idade média de 70,43±6,38. Grande parte dos idosos apresentaram escolaridade e renda individual baixa, 73,9% e 78,3%, respectivamente. A autodenominação religiosa de 98,3% dos idosos é católica, com prática semanal de uma vez, além disso, o consumo de medicamentos foi de 3,43 ± 2,02. As variáveis introspecção (t=0,56 p=0,026) e sono (t=0,50 p=0,055) que compõe estilo de vida, foram as únicas variáveis deste estudo que apresentaram diferenças significativas entre os grupos com sintomatologia depressiva (CSD) e sem sintomatologia depressiva (SSD). Estes resultados poderão contribuir para planejamento de intervenções e otimizações das Atividades Físicas e melhoria de qualidade de vida desta população.

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