Resumo

Partindo de uma crítica à atual concepção de corpo hegemônica no interior da Educação Física, a qual o entende limitado a um fisiológico mosaico composto por músculos, veias e ossos; tentamos aqui buscar alguns elementos que potencialmente nos ajudariam a construir uma outra concepção pautada sobre paradigmas distintos daqueles indicados até então pelas lógicas internas de desafio, extração e domínio, inerentes à racionalidade instrumental e a técnica moderna próprias do nosso atual sistema técnico-científico. Ao compormos um diálogo mais próximo com o filósofo Ernst Bloch, tentamos mergulhar um pouco mais nas raízes desta concepção de corpo, em uma sincera aposta de que nas brechas e lacunas de sua história poderíamos encontrar alguns germes de outras possibilidades. E ainda muito longe do fim de nossa caminhada, já pudemos nos deparar com a concepção de corpo desenhada pelo pintor-arquiteto Friedensreich Hundertwasser, a qual acabou assim nos sugerindo algumas importantes reflexões sobre as possibilidades de contribuição da arte e da dimensão estética em uma possível epistemologia do corpo. Reflexões estas que, ao pretenderem repensar nossos limites e fronteiras, acabam nos perguntando humildemente algo sobre ética e consistência.

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