Resumo

O presente trabalho teve como objetivo fazer a análise cinemática tridimensional do salto em distância de atletas de alto nível em competição através de quatro trabalhos independentes. O primeiro trabalho teve como objetivo analisar a relação das variáveis cinemáticas do salto em distância de atletas de alto nível em competição através de uma análise de regressão linear múltipla nas fases de aproximação, impulsão e voo. Os resultados encontrados foram que a velocidade escalar do centro de massa no touchdown , a altura máxima do centro de massa na fase de voo e a distância do pé de apoio do atleta à tábua de impulsão foram as variáveis incluídas no modelo de predição da distância saltada, sendo conjuntamente responsáveis por 68% da variabilidade da distância. Para um segundo modelo, onde as velocidades escalares foram substituídas pelas componentes das velocidades do centro de massa, a velocidade horizontal do centro de massa no touchdown, a velocidade vertical do centro de massa no touchdown e o ângulo de ataque foram responsáveis por 88% da variabilidade da distância saltada. O segundo trabalho teve como objetivo analisar a replicabilidade e a reprodutibilidade das variáveis cinemáticas tridimensionais no salto em distância e testar a sensibilidade dos valores de replicabilidade e reprodutibilidade na predição da distância saltada. Para esse estudo dez observadores de ambos os sexos realizaram cinco medições cada um de um mesmo salto em distância sob as condições que definem reprodutibilidade e replicabilidade. A partir das edições dos observadores, foram calculadas as variáveis cinemáticas do salto em distância na fase de impulsão. Concluímos que as variáveis de velocidades do centro de massa são reprodutíveis e replicáveis acima de 0.09m/s enquanto variáveis angulares, acima de 0.67°. Para a análise de sensibilidade foi encontrado que para variação de 1m na distância saltada, seriam necessários uma variação de 0.77, 200.00 e 1.80 m/s nas velocidades horizontal, lateral e vertical do centro de massa, respectivamente e uma variação de 5.75° no ângulo do vetor velocidade do centro de massa e o plano horizontal. O terceiro trabalho teve como objetivo investigar a cinemática angular do salto em distância de atletas de alto nível em competição através de três análises dos ângulos articulares durante a fase de impulsão, sugerindo que uma análise realizada durante uma competição oficial, fornece informações valiosas para as análises técnicas e de investigação. Além disso, a análise estatística revelou que os ângulos de flexão máxima ocorre de forma seqüencial, a partir do quadril ao tornozelo, quando relacionada com a porcentagem da fase de impulsão do salto. O último trabalho teve como objetivo analisar a variabilidade nas variáveis cinemáticas ridimensionais de dois atletas medalhistas olímpicos e os resultados sugerem que os atletas devem buscar controlar as variáveis de saída da tábua, buscando reduzir a sua variabilidade e atingir seus valores ótimos das variáveis cinemáticas. 

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