Resumo

Introdução: Os estudos que relacionam a prática de exercícios físicos com o processo natural de envelhecimento tornam-se relevantes devido às mudanças na pirâmide etária que apontam o crescimento da população idosa, fato justificado pela melhora da qualidade de vida desta população devido aos efeitos do treinamento físico. Objetivo: Avaliar e comparar os efeitos de diferentes modalidades de treinamento físico sobre as capacidades físicas e funcionais de mulheres idosas. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal de abordagem quantitativa com uma amostragem não probabilística (intencional). Participaram do estudo 87 voluntárias idosas divididas em quatro diferentes grupos, sendo 22 praticantes de hidroginástica (GTH), 23 de treinamento resistido combinado com exercícios aeróbios (esteira e bicicleta ergométrica) (GTR), 21 de treinamento funcional (GTF) e 21 sedentárias no Grupo Controle (GC). Para a coleta de dados o pesquisador elaborou uma anamnese, complementada pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta e Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional Multidimensional (BOMFAQ). Para a caracterização da amostra avaliou-se a pressão arterial em repouso (PAR), frequência cardíaca em repouso (FCR), medidas antropométricas (massa corporal, estatura, índice de massa corporal – IMC, Relação Cintura-Quadril – RCQ). Na avaliação funcional, utilizou-se os testes de força de preensão manual, força de membros superiores e inferiores, Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), Time Up and Go (TUG) e teste de Caminhada de 6 minutos. Para verificar a paridade entre os grupos em relação às características antropométricas e hábitos comportamentais foi aplicado o Teste Anova F, seguido de Post Hockey de Tukey para as variáveis quantitativas e o teste de Qui-quadrado para verificar a associação entre os dados categóricos (hábitos comportamentais). Em seguida foi testado o nível de correlação entre as variáveis analisadas por meio da correlação de Pearson, assim como a regressão linear entre as variáveis de aptidão física e habilidade funcional. Os resultados foram apresentados em média, desvio padrão e frequência relativa. Foi adotado um nível de significância p <0,05. Resultados: As voluntárias do GTR apresentaram idade média inferior aos demais grupos (p= 0,006). No teste de caminhada de 6 minutos e no TUG verificou-se que os grupos GTR e GTH apresentaram valores maiores quando comparados ao GC (p<0,001). Nos testes de força de preensão manual (p<0,001), força de membros superiores (p=0,002) e inferiores (p<0,001), as voluntárias dos grupos GTR, GTH e GTF apresentaram valores maiores quando comparado ao GC. Na avaliação da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e no BOMFAQ os grupos GTR, GTH e GTF apresentaram maior escore médio para a EEB e menor escore médio para BOMFAQ, quando comparadas ao GC (p<0,001). Conclusão: Destacou-se a melhora nos testes de caminhada de 6 minutos e no TUG nos grupos hidroginástica e treinamento resistido associado com exercícios aeróbicos (GTR), entretanto, o GTR apresentava voluntárias com idade inferior aos demais grupos.

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