Resumo

Com o passar dos anos, o circo desenvolveu novas tendências, incluindo diversas expressões artísticas como a dança e a influência da música em seus espetáculos. A partir desta busca por inovações, as acrobacias aéreas foram inseridas nesse e em outros contextos, sendo executadas não somente por artistas circenses, mas também bailarinos e até mesmo leigos que procuram uma prática diferente de atividade física (BATISTA, 2004; SOARES e BORTOLETO, 2011). Em Maringá-PR, a prática do tecido circense se fortaleceu nos últimos anos, passando a fazer parte de academias, escolas e estúdios de dança. O próprio tecido circense e outras práticas aéreas começaram a receber o nome de dança aérea, para fins de marketing e também devido à predominância da dança na cidade. Pantano (2007) defende que o circo apresenta uma estética corporal em que os artistas possuem o conhecimento de suas possibilidades e potencial artístico. Deste modo, essa mistura de elementos acrobáticos e dançantes é algo que vem crescendo, tornando as coreografias com uma estética agradável ao público. Conforme afirmação de Olsen (2017, p. 6): “[...] em uma coreografia o aerialista não apenas sobe e executa truques e quedas, ele também dança, se expressa, transmite sentimentos, fazendo uso da técnica e do preparo físico”. Nesse sentido, essa pesquisa objetivou analisar a presença de elementos acrobáticos e de dança em coreografias de praticantes de tecido circense na cidade de Maringá – PR, sendo definida como uma pesquisa qualitativa com caráter descritivo (FREITAS e PRODANOV, 2013). Participaram do estudo 21 alunos de tecido circense de 3 academias/estúdios de dança de Maringá, sendo dezoito do sexo feminino, três do sexo masculino, desses dez se enquadram na faixa etária de 21 a 30 anos, oito de 13 a 20 anos e três acima de 30 anos, como critério de inclusão foi definido que o aluno praticasse tecido há mais de um ano. Foi aplicado um questionário para a análise da percepção dos alunos dos elementos contidos na coreografia, e em seguida, ocorreu a filmagem das coreografias no próprio local onde treinam.

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