Resumo

O HIIT tem menor duração do que outros tipos de treinamento e promove melhora do metabolismo e da capacidade cardiorrespiratória. No entanto, é realizado em altas intensidades e com isto pode ocasionar desde lesões, fadiga, aumento de espécies reativas de oxigênio, e se ocorrer um desequilíbrio entre as reações de oxidação e de antioxidação será ocasionado o estresse oxidativo. Os efeitos do HIIT em períodos consecutivos ainda carecem de maiores referenciais. O objetivo principal do estudo foi avaliar o efeito de 15 dias consecutivos de um protocolo de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em ratos nos marcadores de danos oxidativos no sangue e nos órgãos músculo gastrocnêmio, fígado e coração. Desta forma, foram utilizados ratos Wistar que foram divididos aleatoriamente em 2 grupos: Sedentário (GC, n=10) e animais submetidos ao treinamento intervalado de alta intensidade (GH, n=10). Os resultados demonstraram que houve aumento da peroxidação lipídica no grupo GH quando comparado com o GC nas amostras de sangue (297%, p<0,0001), músculo gastrocnêmio (225%, p<0,0001), fígado (398%, p<0,0001) e coração (186%, p<0,0001). Todavia, a concentração de grupamentos sulfidrilas no grupo GH foi reduzida quando comparada com o GC para as amostras de sangue (44%, p<0,0001) músculo gastrocnêmio (46%, p<0,0001), fígado (44%, p<0,0001) e coração (47%, p<0,0001). Conclui-se que treinos diários de HIIT com altos percentuais de intensidade e sem tempo para recuperação entre as sessões podem resultar em alterações no balanço redox do organismo em marcadores de danos oxidativos como o malondialdeído e grupamentos sulfridrilas.

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