Resumo

Objetivo:
Avaliar a demanda fisiológica crônica de jogadores de futebol ao longo de uma temporada competitiva.

Métodos e resultados:
Participaram do estudo 10 atletas profissionais (21,2 ± 3,7 anos, 177,9 ± 7,3 cm, 9,9 ± 1,8% gordura, 66,0 ± 4,5 mLO2•kg-1•min-l). A situação crônica consistiu de uma temporada anual (inicio da temporada de preparação, final da mesma e inicio das competições e ao final do ano competitivo). Foram avaliadas as variáveis Interleucina-6 (IL-6), Cortisol, testosterona, relação testosterona/cortisol (T/C), creatina-quinase (CK) e α-actina muscular. A concentração de testosterona diminuiu ao final da pré-temporada de preparação (542,4 ± 50,3 NG/dL) em comparação com o início (647,6 ± 61,9 NG/dL). Já a [cortisol] foi maior ao final da temporada (18,7 ± 1,4UG/dL) em comparação ao final da pré temporada (11,5 ± 1,0 UG/dL) (p<0,05). A relação-T/C foi maior ao final da pré temporada (53,5 ± 5,1) e diminui ao final da temporada (28,6 ± 2,4) (p<0,05). As concentrações de CK foram maiores ao final da pré-temporada e ao final da temporada (298,1 ± 48,7 U/L e 347,8 ± 43,3 U/L) em relação ao início da temporada (102,3 ± 8,7 U/L) (p<0,05). A alfa-actina foi maior ao final da temporada (0,107 ± 0,005U/L) em comparação a início (0,0847 ± 0,005U/L) (P<0,05) e a IL6 não apresentou alterações ao longo da temporada (início: 2,6 ± 0,3, final da pré-temporada 3,5 ± 0,7 e final da temporada 3,4 ± 0,4 pg/mL).

Conclusão:
Foram identificadas alterações significativas dos marcadores em decorrência da prática crônica do futebol.