Resumo

A estratégia de bola parada originada de faltas na quadra ofensiva é uma boa oportunidade para se atacar a meta adversária. O estudo analisou os desfechos dessas situações na elite do futsal brasileiro. Para tanto, qualificou os desfechos, analisou a relação entre estes, a localização das faltas e a sua distância da meta e, ainda, o impacto da bola parada nos resultados dos jogos. A amostra foi de 58 faltas (7,25±4,029), retiradas de oito jogos das quartas de final da Liga Futsal 2019. Os dados foram coletados de imagens geradas pelo canal SporTV, canais de transmissão da Liga Futsal e Youtube. O programa OBS Studio foi utilizado para edição de vídeo. Adotou-se medidas de ocorrência (valores absolutos e relativos), média e desvio padrão para o tratamento estatístico. Os principais resultados: (a) houve mais desfechos indesejáveis do que desejáveis; (b) a região central contemplou menos faltas do que as laterais. Mas, considerando apenas os desfechos desejáveis, acumulou valores maiores quando comparados às regiões laterais separadamente e, considerando apenas os desfechos indesejáveis, acumulou valores menores quando comparados com às regiões laterais separadamente; (c) a combinação “passe seguido de finalização”, independentemente da distância da meta, pode levar a mais perigo de gol que as demais; (d) a bola parada de falta não impactou os resultados dos jogos. Conclui-se que há uma elevada margem de desenvolvimento para essa situação, sobretudo para faltas lateralizadas. Já as faltas na região central e próximas da meta têm maior potencial ofensivo, devendo ser evitadas.

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