Resumo

Introdução:A obstrução nas artérias coronarianas por acúmulo de placas de ateroma,
diminui o fluxo sangüíneo destinado ao miocárdio para seu suprimento, levando a
um quadro chamado Angina Pectoris (DAVID,1997). Pacientes que apresentam essa
patologia são possivelmente sujeitos a revascularização do miocárdio (RM) e
posteriormente indicados à reabilitação cardíaca (TROMBETA, 1995). O presente estudo
teve como objetivo demonstrar os benefícios da prática regular e orientada de
exercícios físicos para um paciente submetido à cirurgia de revascularização do
miocárdio, através de um estudo de caso. Materiais e métodos: Esse estudo
caracterizou-se como retrospectivo, onde foram coletados dados durante 10 meses
de trabalho através de relatos em laudos médicos e de pesquisas feitas em fichas de
evolução diária do paciente, cedidas pela clinica responsável pelo programa de
exercícios. Após a coleta das informações, foram montadas planilhas de evolução
de cada parâmetro avaliado nesse trabalho: a freqüência cardíaca final (FCF), pressão
arterial sistolica (PAS) e duplo-produto final (DPF) comparado-os com a velocidade
de caminhada na esteira elétrica. As sessões de treino incluíram a monitarização da
(FC) por frequencímetro cardíaco da marca POLAR, modelo BEAT e, a PA era
aferida com esfigmomanômetro e estetoscópio da marca TYCOS, ao inicio e ao
termino das sessões. As caminhadas eram realizadas em esteira elétrica plana,da
marca MOVIMENT, modelo LX 160. O paciente realizava exercícios de
alongamentos, aeróbios e de fortalecimento, com freqüência de três sessões semanais,
em dias alternados com duração de 1h e 15 minutos. De acordo com sua evolução
foi necessário acrescentar exercícios resistidos e progredir gradativamente com a
velocidade da esteira. A intensidade de trabalho aeróbio variou de 65% a 80%
considerando a FC máxima de 154bpm. Para analisar o comportamento do DP foi
utilizada a forma PAS x FC. Resultados:Ao final das 109 sessões, observou-se uma
progressão na velocidade da esteira variando entre 2.4(km/h) a 5.5(km/h) sem que
a FC ultrapassasse a zona alvo de trabalho estimada para 84 bpm a 112 bpm; a PAS
variou de 100 a 180mmHg; e o DPF se manteve entre 10000 a 20000, não
apresentando alterações significativas. Conclusão: Concluiu-se que através da prática
regular e orientada de exercício físico o individuo alcançou intensidades de trabalho
superiores quando comparadas ao inicio do tratamento, caracterizando uma melhora
em sua condição física.

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