Resumo

O presente ensaio intenciona discorrer sobre questões acerca das mulheres adeptas à cultura da ‘malhação’, em particular, aquelas praticantes do fisiculturismo, cujo objetivo é desenvolver um incrível volume muscular. As fisiculturistas buscam alcançar determinado padrão estético, peculiar a essa modalidade e é aceitável entre elas, para consegui-lo, que se usurpe os limites fisiológicos humanos e que se ‘rompa’ o modelo venusiano de feminilidade, fortemente veiculado na sociedade contemporânea. A questão evocada em primeiro plano é: o que faz com que elas desejem ter corpos incrivelmente hipertrofiados, já que tal fato implica estarem muito próximas aos corpos masculinos? Para tentar desenvolver essa problemática, foram analisadas as subjetividades e engendramentos que a perpassam, na contextualização de tal paradoxo.