Resumo

Neste artigo parto de uma pesquisa feita em Catingueira – PB, na qual realizei observação participante às margens de um estádio de futebol amador. Enfatizo a importância desse esporte para a cultura local e nacional, indicando que ele não tem escapado às considerações de pensadores brasileiros. Mostro que o futebol catingueirense é masculinizado e adultocentrado, colocando os homens no centro e os meninos nas beiradas do gramado. Destaco os “palavrões e nomes feios”, prática masculina que não se constrange na presença das crianças nem dos adultos. Sem fazer juízos valorativos, reconheço-os tanto no futebol quanto em outros ambientes cotidianos. Dialogando com autores das ciências sociais e humanas, busco situar esse comportamento cotejando-o com a literatura temática especializada. Concluo que mesmo não se agarrando à moralidade e à polidez verbal ordinária, o campo de futebol se apresenta como relevante palco para a encenação do vivido, ocasionando às crianças e aos adultos leituras e aprendizados.
 

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