Resumo

Este ensaio resulta de interlocuções com ativistas do hip-hop e atenta aos debates sobre os processos de individuação vivenciados nas relações sociais contemporâneas. Propõe-se a problematizar como a prática de breakdance tem contribuído à individuação identitária de dançarinos do Restinga Crew, grupo atuante em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. As proposições de Alberto Melucci e de Danilo Martuccelli são as principais referências, e a pesquisa foi efetivada nos anos de 2013 e 2014, mediante observação in loco e realização de entrevistas narrativas. O texto destaca as dinâmicas reflexivas produzidas pela crew, considerando as possibilidades de singularização individual gestadas aí, em articulação ao reconhecimento dos pares e à pertença coletiva. Argumenta-se que os desafios experenciados nesse sentido ambientaram produção de capitais culturais e sustentavam inserções em outros espaços sociais.

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