Resumo

Pesquisas em história do esporte necessariamente possuem como fonte elementos textuais? Maguire (2011) defende a existência de um ambiente comum entre história, sociologia e geografia, compreendendo que, diante da complexidade do mundo esportivo, é necessária uma ciência social e humana coletiva para explicar o significado e importância dos esportes a nível local, regional e nacional? Para Day e Vamplew (2015), a história do esporte possui padrões epistemológicos próprios, normalmente focados em uma abordagem empírica, compreendendo que o real significado do mundo é resultado da experiência ou observação. Como exemplo, Cubyzolles (2011) buscou a identidade de um clube ao longo de 40 anos, na cidade de Kayamandi, África do Sul, utilizando como fontes elementos escritos no site do clube, 12 entrevistas dentre membros ativos da entidade e 7 entrevistas de ex-agentes e jogadores, além de observações participativas. Desse modo, as pesquisas dirigidas para a história do esporte nem sempre estão familiarizadas para quem está iniciando neste recorte investigativo, ou ainda, para aqueles que desejam experiência na área acadêmica, não estão habituados a esta janela específica de pesquisa, agregando verdades tradicionais como a de que investigação histórica tem como base exclusiva fontes documentais. A base teórica deste estudo pautou-se na escolha intencional de artigos científicos em revistas de impacto. Sendo assim, o objetivo centrou-se em apresentar aos interessados em desenvolver pesquisas na área de história do esporte, apontamentos de fontes para produções acadêmicas. Como metodologia, através da plataforma eletrônica Taylor e Francis, foram utilizados os descritores “metodologia”, “fontes” e “história do esporte”, com proveito dos filtros pelo direcionamento para os jornais em foco. Concluiu-se que não há uma fórmula pronta quando tratamos da busca de fontes e metodologias, consoante afirma Day e Vamplew (2015), que alguns historiadores simplesmente se ocupam em realizar uma narrativa esportiva, enquanto outros procuram uma subsunção à determinada teoria, por fim, definem que a chave do sucesso é a disponibilidade das fontes. Os mesmos autores relatam que modernos historiadores utilizam fontes não-textuais a exemplo de fotos, filmes, imagens, desenhos, televisão, música, objetos, estátuas, paisagem, cultura, história oral, internet (Day e Vamplew, 2015). Em síntese, há uma forte tendência em quebrar velhos paradigmas no sentido de que história esportiva está vinculada a fontes documentais.