Resumo

O objectivo deste estudo  que nos propusemos realizar, orientou-se fundamentalmente para a tentativa de responder a um conjunto de questões pertinentes:  A interioridade será um factor limitativo para o desenvolvimento harmonioso do jovem, ao nível da Aptidão Física? Os perfis da aptidão física são distintos quanto ao nível em função da Interioridade/ Litoralidade?

Para isso desenvolvemos um estudo em que caracterizamos e avaliamos  alunos de ambos os sexos, do 2° e 3° ciclos do ensino básico, de duas zonas diametralmente opostas de Portugal: uma do litoral citadino, Vila Nova de Gaia, outra do interior profundo, Torre de Moncorvo, e investigamos a existência de interferências nos níveis de aptidão física dos alunos.

Este estudo exploratório configurou-se a partir de uma amostra do tipo aleatória por aglomerados composta por 3271 sujeitos do 7º ano ao  9º ano de escolaridade. A bateria de testes aplicada foi a designada de "FACDEX" – Desenvolvimento Somato-Motor e factores de Excelência Desportiva na População Portuguesa. (Marques et al., 1991), obtendo-se uma análise detalhada dos níveis de Aptidão Física dos jovens dos 10 aos 17 anos de idade.

Os resultados permitiram concluir que: Os alunos da Zona Rural apresentam um padrão ligeiramente superior nos testes de Força Superior, “Bola 2Kg” ; Força Média “Sit Up’s” e Força Inferior “Salto em Comprimento”.

Os alunos da Zona Urbana apresentam valores padrão superiores no teste de Flexibilidade “Sit and Reach”; Força Superior “Lançamento de bola de Hóquei”; “Dinamometria”; Agilidade “10x5 Mts.” e “Resistência 12’”. Relativamente à Velocidade, apresentam valores idênticos.

Os alunos da Zona Urbana apresentam valores de peso superior por idade no sexo masculino e feminino, com excepção dos 14 a 16 anos do sexo masculino, e a partir dos 15 anos nas raparigas.

As raparigas do Meio Rural apresentam Índices de Massa Corporal Superiores em todos os anos lectivos com excepção do 8º Ano

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