Resumo

OBJETIVO: Analisar a aptidão física de escolares brasileiros, de acordo com uma avaliação referenciada por critérios de saúde. 
MÉTODOS: Estudo epidemiológico transversal, de base escolar, conduzido em 7.507 escolares (4.114 meninos e 3.393 meninas), de sete a 10 anos de idade. Foram mensuradas as variáveis: massa corporal, estatura, flexibilidade (sentar-e-alcançar), força/resistência muscular (abdominal modificado um minuto) e aptidão cardiorrespiratória (corrida/caminhada nove minutos). Os critérios e a classificação utilizados para os testes motores foram recomendados pelo Physical Best. 
RESULTADOS: Baixa aptidão física foi encontrada nos escolares, apresentando risco à saúde para flexibilidade (meninos: 58,3%; meninas: 51,2%, p < 0,001), força/resistência muscular (meninos: 75,3%; meninas: 73,8%, p < 0,001) e aptidão cardiorrespiratória (meninos: 80,8%; meninas: 77,6%, p < 0,001). Na classificação geral, nos três testes motores, foi observada alta prevalência de escolares (~96%) que não atingiu os pontos pré-estabelecidos para um nível satisfatório de aptidão física. 
CONCLUSÃO: Programas efetivos de intervenção na promoção de mudanças nos padrões de aptidão física são necessários, visando contribuir para o desenvolvimento mais adequado dos níveis de desempenho motor, principalmente com iniciativas de políticas públicas em bairros, parques e condomínios que possibilitem a prática de atividades físicas e esportes.

Acessar Arquivo