Resumo

Neste escrito apresento brevemente a performance Pequena Morte (2016) e procuro refletir a ideia de suspensão do corpo bicho, seus efeitos no ato de performação. A suspensão não tem uma identidade como conceito, seu sentido é definido a partir do acontecimento instaurado. O objetivo principal do ensaio consiste em desvelar o sentido de suspensão, aqui apresentado em diálogo com o escrito de Brian Massumi (2002) sobre o trabalho de Stelarc. Na performance Pequena Morte o corpo entrecruzado (humano-animal), sua elevação em autoenforcamento pelos tornozelos, o cessamento do movimento pendular quando no ponto de inflexão da elevação, são momentos específicos nos quais a interrupção do processo em curso introduziu as testemunhas da performance no seio do acontecimento. Ou seja, a suspensão atuou como força transindividual em operação nas dobras das possibilidades que o corpo elevado se tornava capaz de atualizar no decurso do processo de performação.

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