Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar as representações da mídia sobre as estratégias de gestão de Patrícia Amorim na presidência do Clube de Regatas Flamengo (CRF). A investigação da ação empírica exigiu a observação sistemática dos acontecimentos para compor o corpus pesquisado nos seguintes websites especializados em esportes: GLOBO.com, ESPN.com, SPORTV, Jornal Extra e Jornal do Brasil, durante seu mandato (2009-2012) e como primeira presidenta da história do Clube de Regatas Flamengo (CRF). A pesquisa foi desenvolvida por meio de dados secundários e os resultados foram organizados em duas categorias de análise temáticas, a saber: trajetória da dirigente, que inclui aspectos pessoais e profissionais e as práticas gerenciais, englobando aspectos de desligamento, contratação de integrantes da equipe, além de situações inesperadas e fora de um contexto de gestão.Os resultados apontam para uma gestão conturbada embora sua trajetória como dirigente esportiva se mostra relevante, valorizada por diferentes públicos, além de grande reconhecimento como atleta. As práticas gerenciais e as ações que as conduzem, necessita de postura adequada da dirigente, a necessidade de apoiarem-se nas características pessoais para defender seus objetivos, seus atos de coragem e persistência frente às adversidades e que as práticas utilizadas pela dirigente podem ser adotadas no cotidiano da liderança feminina cujas perspectivas se voltam para a melhoria de seus resultados.

REFERÊNCIAS

Brunoro, J. C.; Afif, A. (1997). Futebol 100% profissional. São Paulo: Editora Gente.

Castro, R. (2010) Flamengo - O vermelho e o negro. Rio de Janeiro: Ediouro.

Challaduri, P. (2011) Managing Organizations for Sport and Physical Activity: A systems perspective. Holcomb Hathaway: Publishers.

Comitê Olímpico Internacional. Disponível em: . Acesso em: 25 fev. 2012.

Doise, W. (1986) L’explication en psychologie sociale. Paris: PUF. [Eng. trans.: Levels of explanation in social psychology.(1992) Cambridge University Press].

Dunning, E. ; Maguire, J. (2010) As relações entre os sexos no esporte. In:KNIJNIK, J. D. M. (Org.). Gênero e esporte: masculinidades & feminilidades. Rio de Janeiro: Apicuri, 2010, 344 p.

Farrel, A.;Fink, J.; Fields, S. (2011) Women´s Sport Spectatorship: An Exploration of Men´s Influence. Journal of Sport Management, 25(1): 190-201.

Ferreira, H. J. (2011) A atuação de mulheres como técnicas esportivas no Brasil. Dissertação. (Mestrado em Educação Física). Juiz de Fora:Universidade Federal de Juiz de Fora.

Fischer, A. L. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In: Fleury, M.T (Ed.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente.

Figueiredo, T. H. (2012) A mulher na gestão esportiva: o caso de Patrícia Amorim. UFRJ.

Freitas, M. E.; Dantas, M. (Orgs.) (2012)Diversidade sexual no trabalho. São Paulo: Cengage Learning.

Giddens, A. (2002)Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora.

Gitlin, T. (2003)Mídia sem limite: Como a torrente de imagens e sons domina nossas vidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Goellner, S. (Jan./Jun. 2005) Mulher e Esporte no Brasil: Entre incentivos e interdições elas fazem história. Pensar a Prática, 8 (1): 85-100.

Gomes, E. M. P. (2008) A participação das mulheres na gestão do esporte brasileiro:Desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: FAPERJ/QUARTET.

________ (2005) Esporte e Inclusão Social: Mulheres na gestão esportiva brasileiraInAtlas do Esporte no Brasil. DaCosta, L. (Org.). (p. 615 – 616) Rio de Janeiro: Shape.

Kamphoff, C.; Armentrout, S.; Driska, A.(2010) The Token Female: Women's Experiences as Division I Collegiate Head Coaches of Men's Teams. Journal of Intercollegiate Sport, 3, p.297-315.

Kanter, R. M. (1993) Men and women of the corporation. New York: Basic Books.

Kilty, K. (2006)Women in coaching.The Sport Psychologist,20, 222-234.

Krüger, D. (1986) A preview of five articles on phenomenological psychology.South African Journal of Psychology, 16, 107-109.

Leberman, S.; LaVoi, N. (2011) Juggling balls and roles, working mother-coaches in youth sport:Beyond the dualistic worker-mother identity. Journal of Sport Management, 25: 474-488.

Loizos, P. (2002) Vídeo, filme e fotografias como documentos de pesquisa. In: Bauer, M.; Gaskell, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. (p. 137-155.) Petrópolis, RJ: Vozes.

Lynn, S.;Hardin.M; Walsdorf, K. (2004).Selling (out) the sporting woman: Advertising images in four athletic magazines. Journal of Sport Management, 18, 335-349.

Martins, L. T.; Moraes, L. Futebol feminino e sua inserção na mídia: a diferença que faz uma medalha de prata. Pensar a Prática, Goiânia, v. 1, n. 10, p. 69-81, jan./jun. 2007.

Mocsányi, V.; Bastos, F. C. (2004) Gestão de Pessoas na Administração Esportiva: Considerações sobre os principais processos.Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 4 (4), p. 55-69.

Moscovici, S. (1978) ARepresentação Social da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar Editore.

Mourão, L. (1998)A representação social da mulher brasileira na atividade físico desportiva: da segregação à democratização. Tese (Doutorado em Educação Física). Rio de Janeiro: Universidade Gama Filho.

Mourão, L.; Morel, M. (2005)As narrativas sobre o futebol feminino, o discurso da mídia impressa em campo. Rev. Bras. Cienc. Esporte, 26 (2), p. 73-86.

Nadeau. J. et.al.(2011) Racial-Ethnic Team-Market Congruency in Professional Sport.Journal of Sport Management, 25, p. 169-180.

Pedersen, P. M. et.al.(2009) An Examination of the Perceptions of Sexual Harassment by Sport Print Media Professionals. Journal of Sport Management, 23, p. 335-360.

Pedersen P. M; Whisenant, W.A; Schneider, R. G. (2003) Using a content analysis to examine the gendering of sports newspaper personnel and their coverage. Journalof Sport Management, 17 (4).

Reis, F., Arruda. I. (2011) Mulher, futebol e arbitragem: um espaço de conquista, tensão e resistência. EFDeportes.com, Revista Digital. 16 (162).

Rocha, C. (2006) Gênero em ação: rompendo o Teto de vidro? (Novos contextos da tecnociência).Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.

Romariz et al. (2012) A representação da mulher atleta nos Jogos Mundiais Militares pela mídia impressa,Anais: XIV Congresso Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa. Belo Horizonte.

Romariz, S. B. (2008) As representações de gênero nas quadras de voleibol de alto rendimento. Anais: Fazendo Gênero 8. Florianópolis: UFSC.

Sá, C. P. de. (1996) Núcleo Central das Representações Sociais. Petrópolis: Vozes.

Santos, R. (2005)Desigualdade de rendimentos e discriminação por gênero no Brasil em 1999. Dissertação (Mestrado em Economia). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Shaw, S.; Frisby, W. (2006) Can Gender Equity Be More equitable?: Promoting an Alternative Frame for Sport Management Research, Education, and Practice. Journal of Sport Management, 20: 483-509.

Shaw, S.; Hoeber, L. (2003)A strong man is direct and a direct woman is a bitch: Gendered discourses and their influence on employment roles in sport organizations. Journal of Sport Management, 17, 347-375, 2003.

Shaw, S.; Amis, J. (2001) Imageandinvestment: sponsorshipandwomen'ssport.Journal of Sport Management, 15, 219-246.

Spink, M. J. (1999) Desvendando as teorias implícitas: uma metodologia de análise das representações sociais. InGuareschi, P. A. e Jovchelovitch, S. (orgs). Textos em Representações Sociais, (p. 117-148)Petropolis, RJ: Vozes.

Tajfel, H. (1978/1984) Experiments in intergroup discrimination. Scientific American,223: 96 – 102.

Acessar