Resumo

As características morfológicas e metabólicas são de grande importância para o acompanhamento da performance em vários desportos. Por sua pouca difusão, alguns desportos apresentam escassa literatura, fato que dificulta conhecer suas características. O objetivo deste estudo foi apresentar os aspectos morfológicos e metabólicos da seleção brasileira masculina de canoagem. Foram estudados seis atletas entre 17 e 27 anos (X=21,2±3,9). A gordura corporal (GC) foi estimada através de método dobras cutâneas. Procurando melhor descriminar o acompanhamento da GC foi realizado o somatório de dez dobras cutâneas (bíceps, tríceps, subescapular, peitoral, axiíar média, suprailíaca, supraespinal, abdominal, coxa e perna mediai). O somatotipo foi obtido pelo método antropométrico de Heath-Carter. As variáveis metabólicas, consumo máximo de oxigênio (V02 máx.) e consumo máximo de oxigênio de limiar ventilatório (V02LV) foram obtidas através de análise das trocas gasosas respiratórias, em esteira rolante. Os resultados das variáveis morfológicas e metabólicas obtidas são apresentados a seguir: peso corporal (X=83,1±3,9); estatura (X=183,1±7,2); somatório de dez dobras cutâneas (X=67,0±15,7); GP (X=7,0±1,8); somatotipo, Endomorfia (X=2,0±0,5); Mesomorfia (X=5,9±0,6); Ectomorfia (X=2,5±1,7); V02 máx. (X=64,8±4,5); VOzLV (X=55,4±3,4). Pode-se verificar que os atletas possuem reduzida GC, elevada massa corporal magra e predominância do componente mesomorfia, caracterizando um desenvolvimento muscular acentuado. Quanto as variáveis metabólicas, mesmo devido a falta de especificidade no teste utilizado, foram obtidos elevados valores de V02máx e de V02LV, encontrando-se este acima de 85% do V02máx. Os dados aqui descritos podem ser utilizados como referência para novos estudos, bem como para o acompanhamento do treinamento de atletas praticantes de canoagem.