Resumo

O futebol profissional se constituiu em categoria regulamentada nos principais centros urbanos brasileiros em 1933, ano que alguns clubes se organizaram para fundar novas entidades privadas de gestão da referida modalidade esportiva. Seguindo as orientações da FIFA, as recém-criadas Associações, Ligas e Federações definiam em seus Estatutos dois níveis de competições e de clubes, a saber: a 1ª Divisão, ou Divisão Profissional; e a 2ª Divisão, ou Divisão Amadora. O marco oficial da regulamentação do futebol profissional acima exposto não pode, contudo, ser compreendido como momento que a profissão de jogador se originou. Entendemos a categoria sociológica “profissão” como uma função social especializada que é ofertada frente uma demanda existente. Nesse sentido, a gênese da profissão de jogador de futebol se insere no conjunto de transformações do significado social da prática e do consumo dessa modalidade esportiva, caracterizando-a como uma indústria do espetáculo esportivo e como via de ascensão social para praticantes das camadas menos favorecidas da sociedade.

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