Resumo

Devido ao aumento da expectativa de vida, mais mulheres estão alcançando o período da pós-menopausa. Este período está associado com o aumento no risco de fratura osteoporótica. Neste sentido, identificar fatores associados com os componentes estruturais do osso associados às fraturas osteoporóticas (densidade mineral e geometria ósseas) ajudam a indicar possíveis direções de causalidade e intervenções preventivas para estudos de intervenção. Com a transição da menopausa, há uma redução da massa e força muscular, levando ao quadro de sarcopenia. Embora exista uma relação entre quantidade de massa muscular e componentes estruturais ósseas (densidade mineral e geometria ósseas), não está claro se a sarcopenia é um preditor desses componentes em mulheres na pósmenopausa. O objetivo deste estudo é verificar se a sarcopenia é negativamente associada à densidade mineral óssea (DMO) e geometria óssea do quadril em mulheres na pós-menopausa (MPM). Analisamos 188 mulheres na pós-menopausa foram classificadas segundo o critério de sarcopenia com a presença concomitante de baixa força muscular (força de preensão manual < 20 kg) e baixa massa magra apendicular (massa magra livre de minerais apendicular < 15 kg) e divididas em dois grupos, MPM não sarcopênicas (n = 174 e 60,4±7,8 anos) e MPM sarcopênicas (n = 14 e 65,5±9,6 anos). Foram analisadas a composição corporal (total e apendicular, gordura corporal total, tecido adiposo visceral, índice de massa muscular, massa magra apendicular), as medidas de geometria e força ósseas (área de secção transversal-CSA, momento transversal de inércia – CSMI, módulo de seção, ângulo do eixo do colo do fêmur, comprimento do eixo do quadril, comprimento do colo do fêmur, largura do colo do fêmur, espessura cortical do colo do fêmur, razão de flambagem, índice de força) e densidade mineral óssea utilizando a absorciometria de raios-x de dupla energia (DXA). As características gerais estão apresentadas com média, desvio padrão e intervalo de confiança em 95%. Realizou-se ancova ajustada para idade, IMC, fumo, terapia hormonal e comorbidades. Os resultados encontrados, largura do colo (p<0,05), comprimento do eixo do quadril (HAL) (p<0,05), módulo de seção (p<0,05), momento transversal de inércia (CSMI) (p<0,05), área de seção transversal (CSA) (p<0,05), densidade mineral óssea (DMO) do colo do fêmur (p<0,05) apresentaram maiores valores nas mulheres não sarcopênicas quando comparadas às sarcopênicas, mesmo após o ajuste para as variáveis de confusão. Portanto, concluímos que sarcopenia é um preditor negativo das estruturas ósseas (geometria e DMO) do quadril em MPM

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