Resumo

Este estudo objetivou verificar a associação entre os componentes da aptidão física relacionada à saúde e o desempenho acadêmico em adolescentes. Participaram desse estudo transversal 326 estudantes de 15 a 18 anos do Instituto Federal de Sergipe (IFS). Os dados relativos à aptidão física foram coletados mediante aplicação dos seguintes testes: índice de massa corporal, sentar e alcançar, abdominal em 1 minuto e corrida de uma milha, que compõem a bateria de testes da American Aliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance. O desempenho acadêmico foi medido pelas notas do bimestre nas disciplinas que compõem as áreas de conhecimento: linguagens e códigos, ciências da natureza e ciências humanas, obtidas junto ao registro escolar do IFS. Estudantes com médias ≥ 6,0 foram considerados com desempenho acadêmico satisfatório. A prevalência de inaptidão física na amostra foi de 15,8% (moças 15,4%; rapazes 16,4%) na composição corporal, 32,3% (moças 23,1%; rapazes 41,5%) na flexibilidade, 93,0% (moças 95,8%; rapazes 90,2%) na força/resistência muscular e 86,9% (moças 85,3%; rapazes 88,5%) na resistência cardiorrespiratória. Sobre o desempenho acadêmico, a prevalência de adolescentes abaixo da média foi de 8,8% (moças 5,6%; rapazes 12,0%) nas linguagens e códigos, 24,5% (moças 19,5%; rapazes 29,5%) nas ciências da natureza e 12,8% (moças 11,9%; rapazes 13,7%) nas ciências humanas. Adolescentes com baixos níveis de resistência cardiorrespiratória apresentaram mais chances de terem pior desempenho acadêmico (OR=2,39; IC95%=1,05-5,44). Conclui-se que baixo nível de resistência cardiorrespiratória se associou com pior desempenho acadêmico.

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