Resumo

INTRODUÇÃO: A aptidão física é um importante indicador de saúde, e a aptidão muscular apresenta-se como preditor de morbidades e mortalidade por doenças cardiovasculares. Deste modo, é importante investigar as associações entre a aptidão muscular e fatores de risco cardiovasculares na população pediátrica. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre força de preensão manual e fatores de risco cardiovascular em adolescentes. METODOS: A amostra foi composta por 1752 adolescentes (907 do sexo feminino) com idade média de 14,2±1,6 anos. A aptidão muscular foi avaliada pelo teste de preensão manual. Os fatores de risco cardiovascular avaliados foram: índice de massa corporal (IMC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e aptidão cardiorrespiratória (ACR). O escore do risco cardiovascular agrupado (RCV) foi calculado por meio da média da soma do z-escore de cada fator de risco. Os dados foram descritos por meio de mediana e intervalo interquartil, além de média e desvio padrão. Empregou-se o teste de U Mann Whitney para comparação dos dados não paramétricos e teste t independente para dados paramétricos. As associações entre força de preensão manual e os fatores de risco cardiovascular isolados e agrupados foram analisadas pela regressão linear múltipla ajustada por estatura, idade e maturação. Foi utilizado o software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 23.0. Para todas as análises foi adotado p<0,05. RESULTADOS: O sexo masculino apresentou melhor desempenho na força de preensão manual em comparação ao sexo feminino (0,52±0,11 vs 0,43±0,11; p<0,01). A força de preensão manual apresentou associação significativa inversa com o IMC (f3= -0,527; IC95%; -5,135; -4,076), RCV (0= -0,340; IC95%; -6,901; -4,672) e associação positiva com ACR ([3= 0,377; IC95%; 2,730; 3,903) para o sexo masculino. Para o sexo feminino, foram encontradas associações inversas entre força de preensão manual e IMC ((= -0,436; IC95°/0; -5,142; -3,969), PAS ((= -0,066; IC95%; -1,371; -0,020), RCV ((3= -0,326; IC95%; -7,642; -5,335) e associação positiva com ACR ((3= 0,315; IC95°/0; 2,637; 3,932). CONCLUSÃO: O presente estudo observou que maior aptidão muscular está associada com um menor risco cardiovascular em adolescentes. 

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