Resumo

Objetivo: Explorou a associação entre suporte social de familiares e amigos e prática de atividade física (AF) de lazer em adultos (≥ 20anos). Metodologia: Estudo transversal, de base populacional, realizado em Pelotas (RS). O processo de amostragem ocorreu em múltiplos estágios. A AF de lazer foi mensurada com a versão longa do Questionário Internacional de Atividade Física. Foram considerados ativos aqueles que reportaram uma prática de AF ≥ 150 minutos na semana anterior à entrevista. Estimativas específicas para caminhada e AF moderadas e vigorosas (AFMV) foram realizadas. O suporte social foi coletado com a Escala de Apoio Social para AF e diferentes variáveis de exposição foram construídas conforme as fontes de apoio (familiares ou amigos), níveis de exposição e tipo de prática de AF. Todas as análises foram estratificadas por sexo. Para a associação entre suporte social e AF utilizou-se a regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. Análises complementares estratificaram a amostra em dois grupos etários (20-39 anos e ≥ 40 anos). Resultados: Houve uma forte associação entre suporte social e AF de lazer em adultos (RP≥ 2,0). Considerando as caminhadas, as razões de prevalências entre os homens foram menores do que as evidenciadas entre as mulheres. Restringindo a análise às AFMV, as maiores medidas de riscos pertenceram ao sexo masculino. Comparando as fontes de suporte social estudadas, a magnitude da associação foi sempre maior com o apoio dos amigos em relação ao suporte social dos familiares, independente do tipo de AF. Contudo, o efeito sobre os indivíduos foi ainda mais importante quando o suporte social foi fornecido simultaneamente por familiares e amigos. Conclusões: Ressalta-se a importância de diferentes tipos de apoio para a prática de AF de lazer. Acredita-se que intervenções baseadas na mobilização dos indivíduos e do seu ambiente social terão maior potencial de efetividade na promoção de estilos de vida ativos.

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