Resumo

A influência do exercício em esferas da saúde é reconhecida por médicos, professores de educação física, comunidade e até governos, o que tem contribuído para um aumento das campanhas de incentivo à prática, inclusive no ambiente de empresas. Baseado no referencial teórico da Promoção da Saúde, o estudo, um ponto de vista ensaístico, tem como objetivo discutir questões polêmicas sobre as funções desses programas de atividades físicas dentro das empresas. São abordadas questões conceituais sobre saúde e aptidão física, os aspectos interventores e motivadores para a aderência aos exercícios, os benefícios do exercício para a prevenção de hipocinesias e sua implantação em programas nas empresas. Percebendo a larga e crescente utilização de programas de atividades físicas em empresas, questionam-se: seus reais benefícios para a saúde em uma abordagem multifatorial e a forma como esses programas são utilizados questionando-se o seu real objetivo: a saúde do funcionário (sob o aspecto preventivo) ou o lucro para a empresa (aumento da produtividade, diminuição dos custos com saúde dos funcionários, absenteísmo etc.). Conclui-se que a atividade física na empresa é utilizada na busca da diminuição de acidentes e prevenção de doenças, assumindo a visão unicausal e ultrapassada de saúde (ausência de doenças). A Educação Física, nesse sentido, assume o papel de co-autora das relações de produção no momento em que participa ingenuamente da relação de exploração patrão-empregado, com objetivos de contenção de custos, aumento da produtividade e resultante lucro.

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